quinta-feira, 6 de março de 2008

Rambo IV, por Wilian


Mesmo não conseguindo manter o nível das películas anteriores, “Rambo VI” não é uma total perda de tempo.


O longa serve para, entre outras coisas, apresentar o personagem à denominada “nova geração”. Grande destaque dos anos 80, a franquia cinematográfica moveu multidões aos cinemas, deixando o público pagante mais do que satisfeito. Tentando resgatar suas origens, o novo filme do veterano de guerra peca em determinadas situações, deixando a leve sensação de ser apenas mais uma atração recheada de mortes em todos os locais do cenário.

A história vai do simples ao óbvio em um piscar de olhos. Nos tempos modernos, John Rambo (Sylvester Stallone) é apenas um barqueiro que tem sua moradia em uma pequena vila na Tailândia. Mais frio do que nunca, o ex-guerrilheiro limita-se a comentar apenas o necessário, dando claros sinais de que já não se importa mais com a situação atual de nosso planeta.




Sua vida caminha, cada vez mais, em um ritmo pacato e freneticamente desacelerado. Mas isso tende a mudar, pois um grupo de missionários necessita de seus conhecimentos do local para levarem medicamentos ao país chamado Birmânia. É evidente que essa não será apenas mais uma viagem descompromissada pelas águas tailandesas. É aí que temos o reinício da saga de nosso herói de guerra.

O grande destaque da película fica, sem dúvida nenhuma, para Sylvester Stallone. O astro pintou como diretor, ator e produtor em seu novo projeto mostrando que mesmo aos sessenta anos de idade, o protagonista se mantém em plena forma física e mental. Certamente não é nada fácil carregar um projeto com um patamar tão alto como é o da franquia Rambo.

Mesmo que tenha deixado a peteca cair em determinadas situações de sua atuação, o eterno Rocky Balboa sai com pontos positivos da produção e prova que uma pessoa pode e tem a capacidade de ir longe quando realmente quer que um ideal seja passado às telas cinematográficas.




Mas nem tudo são flores na ressurreição de John. Grandes falhas no roteiro deixam o desfecho final mais do que previsível. Momentos chave se tornam apenas mais uma desculpa para que tiros e corpos sejam jogados na tela, uma leve tentativa de encobrir as falhas da narrativa principal. Movimentos de apelação bem criados pela produção, mas que, infelizmente, não servem como um meio de fuga.

Baseando-se em sua própria política de desenvolvimento e evolução de script, o longa serve apenas como divertimento passageiro para os admiradores das mais variadas formas de morte e destruição.




O trabalho final deve agradar aos que se consideram verdadeiros amantes da sétima arte. Mas certamente, esperava-se bem mais de uma franquia que se auto-revoluciona depois de vinte anos na espera por uma seqüência.



1 comentários:

Jardim disse...

De qualquer modo, vou esperar ansiosamente pelo Rambo IV. Eu não perderia mais uma ascenção clássica do Sly!